terça-feira, 23 de agosto de 2011

Porque comer Kasher?


    Nosso raciocínio mudou até o ponto em que não mais sabemos por que o Judaísmo coloca tanta ênfase em comer e beber, necessidades básicas compartilhadas não apenas pelo restante da humanidade como também pelos animais.
     Sem uma explicação satisfatória para a Kashrut e sem a fé simples baseada nos valores da Torá que caracterizaram as gerações anteriores, muitos judeus concluem que manter-se Kasher está simplesmente obsoleto - está baseado em antigas precauções sanitárias que não mais se aplicam à vida moderna.
    Portanto, oferecemos alguns dos pontos de vista sobre a mitsvá da Kashrut fornecidos pela tradição judaica. Estas introvisões satisfazem nossa necessidade de compreensão e nos motivam a cumprir as mitsvot da Torá face aos valores opostos da cultura contemporânea. Apesar disso, deve-se entender que os mandamentos são de origem Divina e jamais poderão ser totalmente compreendidos pelo intelecto humano. Mantemos as mitsvot porque são um legado de D'us ao povo judeu.
   "Religião," como todos sabem, trata de prece, meditação, caridade, ética e às vezes, formas variadas de auto-negação. O Judaísmo, entretanto, envolve todos os aspectos da vida. Nossas atividades cotidianas mais comuns tornam-se imbuídas de santidade quando seguimos a diretiva da Torá: "Conheça-O em todos teus caminhos" (Mishlê 3:6).
     O que isso significa?
     A moderna ciência nutricional reconhece que o Judaísmo sempre ensinou que de forma geral somos aquilo que comemos. Sabemos que os alimentos que ingerimos são absorvidos por nossa carne e sangue. Alimentos proibidos são mencionados na Torá como abominações à alma Divina, elementos que aviltam nossa sensibilidade espiritual. Abutres e animais carnívoros, tendo o poder de influenciar quem deles se alimenta com atributos agressivos, estão entre os alimentos proibidos.
Para um judeu, toda comida não-kasher diminui a sensibilidade espiritual, reduzindo a habilidade de absorver conceitos da Torá e mitsvot. Tanto a mente quanto o coração são afetados.
    É fácil entender por que a cashrut é freqüentemente considerada a mitsvá de mais longo alcance. A história demonstra que quando a observância de kashrut é forte, a identidade judaica permanece forte.
   Para explicar o poder dos alimentos kasher, devemo-nos voltar aos ensinamentos chassídicos baseados no misticismo do grande cabalista Ari Zal (Rabi Yitschac Luria). O Ari Zal deu uma interpretação literal ao versículo "O homem não vive somente de pão, mas da palavra de D'us" (Devarim 8;3). Ele explicou que não é o alimento em si que dá a vida, mas sim a centelha de Divindade - a "palavra de D'us" - que está presente no alimento. Toda matéria tem dentro de si algum aspecto das "Centelhas de Divindade" que dão vida e existência ao mundo. Quando comemos, o sistema digestivo extrai os nutrientes, enquanto a neshamá extrai a centelha de Divindade encontrada na natureza.
    A energia Divina no alimento é, portanto, a verdadeira fonte de sua capacidade de sustentar e nutrir o corpo. Comida kasher tem uma poderosa energia que dá força espiritual, intelectual e emocional à neshamá judaica, ao passo que alimentos não-kasher fazem o oposto.
    A dieta kasher é uma dieta saudável para a alma, contendo a nutrição espiritual necessária para a sobrevivência judaica e para estabelecer o verdadeiro equilíbrio entre o corpo e a alma. Uma dieta prescrita pelo Dr. do Mundo.
   Na outorga da Torá, D'us nos deu 613 preceitos, entre os quais as leis concernentes à kashrut. Cada uma das mitsvot, por fazer bem à alma, faz bem ao corpo.
    Cada vez que alguém se alimenta, a comida é absorvida pelo corpo e transformada em energia. Quando uma pessoa utiliza a energia produzida por este alimento para cumprir um preceito, ela eleva este alimento para o campo espiritual.

A moderna ciência nutricional reconhece que o Judaísmo sempre ensinou que de forma geral somos aquilo que comemos.

 

    Sabemos que os alimentos têm um amplo efeito sobre nós. Ao tornar-se parte da carne e sangue do corpo, que é ligado à alma, o alimento que a pessoa ingere tem efeito direto sobre seu caráter, seu refinamento pessoal e seu desenvolvimento em todos os estágios da vida. A Torá, através da kashrut, nos ensina como comer para que o corpo seja um receptáculo apropriado para a alma, e não meramente um instrumento para satisfazer as necessidades físicas, como os animais.
    Na Torá, cuidar da saúde e cuidar da Cashrut são mitsvot distintas. Quando a Torá nos diz se o alimento é permitido ou não, está nos informando a respeito de sua faceta espiritual e sobre nossa capacidade de aproveitá-lo positivamente. Assim como no aspecto material, o nosso organismo físico não está preparado para digerir e retirar os nutrientes de qualquer tipo de substância, também no campo espiritual, a alma pode e deve utilizar a matéria, revelando a espiritualidade que está por trás dela.
   Cada vez que alguém se alimenta, a comida é absorvida pelo corpo e transformada em energia. Assim quando a pessoa utiliza a energia produzida por este alimento para cumprir uma Mitsvá, ela eleva este alimento.
   O conceito de kashrut está ligado ao conceito de saúde da alma. Segundo o rei Salomão (Provérbios XX:27), "a alma humana é a vela Divina". Para que cada um possa revelar a chama Divina que está em nossos corpos é preciso cuidar para que não se impurifiquem com comidas não permitidas pelo Criador.
   A kashrut foi instituída por D'us por razões que só Ele conhece. As leis da cashrut, com certeza, ajudam à saúde física da pessoa, mas não é este seu principal objetivo. Elas ajudam a tornar possível a ligação entre alma e corpo, alma e D'us. D'us é o Engenheiro do mundo que ligou os fios certos para que saiam da fonte de energia até a lâmpada, iluminando nossas vidas com mais vida.

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