quarta-feira, 21 de setembro de 2011



Conib e Rede Globo se unem em mensagem por Ano Novo Judaico

A partir do próximo dia 21 de setembro, a Rede Globo exibirá nacionalmente durante sua programação mensagem de 30 segundos sobre o Ano Novo Judaico, que se inicia na noite de 28 de setembro. O vídeo foi produzido pela Conib - Confederação Israelita do Brasil e mostra judeus de diversas partes do país explicando o significado da data. Eles se despedem desejando a todos "Shaná Tová" ("Feliz Ano Novo", em hebraico).
"Dentro de alguns dias, estaremos iniciando o ano judaico de 5772 e quisemos compartilhar com toda a população os sentimentos positivos que caracterizam esta época do ano. Agradecemos à Rede Globo a oportunidade de levar esta mensagem aos seus milhões de telespectadores", diz Claudio Lottenberg, Presidente da Conib.
"A Globo tem tradição de exibir mensagens que promovam a paz e a harmonia entre as diversas comunidades que compõem a sociedade brasileira. Estamos felizes por levar ao ar os votos de Feliz Ano Novo dos judeus nesta importante data que se aproxima", explica Luis Erlanger, Diretor da Central Globo de Comunicação.
"Nossa intenção foi mostrar a diversidade da comunidade judaica brasileira, por isto realizamos filmagens desde Manaus até Porto Alegre, com pessoas de diversas origens e faixas etárias", conta o jornalista Renato Aizenman, que coordenou a produção.


Deseje "Shaná Tová" aos seus amigos 

Copie o link abaixo e cole-o num email ou em suas redes sociais, junto com um recado seu.

http://www.youtube.com/watch?v=V23BaeHc4OQ


O que é o Rosh ha Shaná?

Rosh há Shaná (literalmente “Cabeça do Ano”, em Hebraico), é o Ano Novo pelo calendário judaico. Em 2011, ele terá início na noite do dia 28 de setembro. Estará começando o ano judaico de 5772.


De acordo com a tradição judaica, Adão e Eva foram criados no primeiro dia do mês de Tishrei, que foi o sexto dia da Criação. É a partir deste mês que o ciclo anual se inicia. Por isso, Rosh Hashaná é celebrado nesta época.
                       
Historicamente, o primeiro Rosh ha Shaná foi numa sexta-feira, o sexto dia da Criação. Neste dia, D'us criou os animais dos campos e das selvas, e todos os animais rastejantes e insetos, e finalmente - o homem. Assim, quando o homem foi criado, encontrou tudo pronto para ele.

Nossos sábios viram nisso a ordem da Criação, como a consideração do bom anfitrião que, antes de convidar um hóspede de honra, coloca a casa em ordem, prepara as lâmpadas mais brilhantes, uma refeição deliciosa, etc., para que seu convidado encontre tudo preparado. Mas também vêem nisto uma profunda lição: se o homem é merecedor, é tratado como um convidado de honra; se não o merece, dizem-lhe: "Não fique orgulhoso de si mesmo; até um inseto foi criado antes de você!"

Em Rosh ha Shaná, após a prece da noite, cumprimentamos todos falando: Leshaná Tová Ticatêv Vetechatêm (“Que sejas inscrito e selado para um ano bom”). Ao proferir isto, é como se pudéssemos ver os três grandes Livros Divinos abertos perante D'us: o Livro dos Justos; o Livro dos Perversos e o Livro dos Medianos - onde é provável que nos encontremos, com nossas boas e más ações quase se equiparando. Apenas uma mitsvá a mais e a balança penderá a nosso favor.

Há doze meses no ano, e há doze Tribos em Israel. Cada mês do ano judaico tem sua Tribo representativa. O mês de Tishrei é o mês da Tribo de Dan. Isto tem um significado simbólico, pois quando Dan nasceu, sua mãe Lea disse: "D'us julgou-me e também atendeu à minha voz." Dan e Din (Yom HaDin, Dia do Julgamento) são ambos derivados da mesma raiz, simbolizando que Tishrei é a época do Julgamento Divino e do perdão. Similarmente, cada mês do calendário judaico tem seu signo no Zodíaco (mazal , em hebraico). O mazal de Tishrei é a Balança. Este é o símbolo do Dia do Julgamento, quando D'us pesa as boas e as más ações do ser humano.


Costumes

Tradicionalmente, na noite do Rosh ha Shaná os judeus vão à sinagoga rezar e ouvir o toque do shofar, uma espécie de berrante feita com chifre de carneiro. O som do shofar anuncia a chegada de um novo ano.

Ao final das orações, as famílias se reúnem em volta de mesas de jantar com diversas comidas típicas da ocasião.

Vários alimentos simbólicos são ingeridos na refeição da primeira noite de Rosh ha Shaná, e um pedido é recitado para cada alimento. Este costume é baseado em um ensinamento talmúdico: "Presságios são significativos; por isso cada pessoa deveria comer no início do ano abóboras, beterrabas, tâmaras e alhos-poró." 




Maçã

Mergulhamos uma fatia de maçã doce no mel, recitamos a bênção da fruta (Borê Peri Haêts) e falamos: "Yehi ratson milefanêcha shetechedêsh alênu shaná tová umetucá".
"Possa ser Tua vontade renovar para nós um ano bom e doce ".





Chalot

As chalot servidas em Rosh Hashaná são redondas, símbolo de continuidade e eternidade, como o círculo que não tem começo nem fim; sem ângulos, nem arestas, um pedido para um ano sem conflitos. Costuma-se mergulhar o pão no mel em vez do sal habitual, em todas as refeições desde Rosh Hashaná até o sétimo dia de Sucot.




Mel

O valor numérico da palavra "dvash" (mel) equivale ao valor de "Av Ha'Rachamim" (Pai Misericordioso): assim o mel representa a esperança de que a sentença decretada pelo Supremo Juiz seja amenizada pela Sua compaixão.




Frutas e alimentos especiais

É costume comer carne e vinho doce ou qualquer bebida doce nesta refeição, para ter um ano farto e doce.
Na segunda noite de Rosh Hashaná, imediatamente após o kidush, costuma-se ingerir uma fruta nova, a primeira vez que comeríamos nesta estação, a fim de pronunciarmos a bênção de Shehecheyánu.
Há quem costume recitar uma prece especial (Yehi ratson) antes de ingerir qualquer um dos seguintes alimentos. Conforme o costume Chabad, Yehi ratson só é recitado ao ingerir a maçã com mel.
Os sefaradim colocam no centro da mesa uma cesta (Traskal) contendo diferentes espécies de frutas que contém muitas sementes, para que as boas ações sejam numerosas no ano vindouro além de alimentos especiais entre os quais maçã, alho poró, acelga, tâmara, abóbora ou moranga, feijão roxinho, romã, peixe e cabeça de carneiro (que pode ser substituída por língua de boi ou cabeça de peixe). Antes de ingerir cada um dos nove alimentos recita-se um "Yehi Ratson" especial.





Alho-Poró

"Yehi Ratson milefanêcha sheyicaretu oyvêcha vessoneêcha, vechol mevacshê raatênu".
"Possa ser Tua vontade que sejam exterminados Teus inimigos e Teus oponentes e todos aqueles que querem nosso mal".





Acelga

"Yehi Ratson milefanêcha sheyistalecu oyvecha vessoneêcha, vechol mevacshê raatênu".
"Possa ser Tua vontade que sejam removidos Teus inimigos e Teus oponentes e todos aqueles que querem nosso mal".





Tâmara

Costuma-se ingeri-la para que acabem nossos inimigos (em hebraico, yitámu, parecido com tamar).
"Yehi Ratson milefanêcha sheyitámu oyvecha vessoneêcha, vechol mevacshê raatênu".
"Possa ser Tua vontade que sejam consumidos Teus inimigos e Teus oponentes e todos aqueles que querem nosso mal".





Abóbora, moranga ou cenoura

A palavra "mern", em yidish, pode ser traduzida como "cenoura" e também como "se multipliquem". Por isto comemos cenoura - para que os méritos se multipliquem.
"Yehi Ratson milefanêcha sheticrá rôa guezar dinênu, veyicareú lefanecha zechuyotênu".
"Possa ser Tua vontade que o decreto ruim de nossa sentença seja rasgado em pedaços, e que nossos méritos sejam proclamados perante Ti".





Feijão roxinho

"Yehi Ratson milefanêcha sheyirbu zechuyotênu".
"Possa ser Tua vontade que nossos méritos se multipliquem".



Romã

Costuma-se ingerir em sinal para que aumentem nossos méritos como os caroços da romã. Há uma explicação que a romã possui 613 caroços - o número das mitsvot da Torá.
"Yehi Ratson milefanêcha sheyirbu zechuyotênu carimon".
"Possa ser Tua vontade que nossos méritos cresçam em número como [as sementes] da romã".





Peixe

"Yehi Ratson milefanêcha shenifrê venirbê cadaguim; vetishgach alan beená pekichá".
"Possa ser Tua vontade que nós nos frutifiquemos e nos multipliquemos como peixes; e cuida de nós com olho aberto [atentamente]".





Cabeça de carneiro, língua ou peixe com cabeça

Costuma-se ingerir um destes alimentos para que sejamos cabeça e não cauda:
- de carneiro, para lembrar o mérito do sacrifício de Yitschac que foi substituído por um carneiro.
- de peixe, para que o ser humano se multiplique como os peixes.
"Yehi Ratson milefanêcha shenihyê lerosh velô lezanav".
"Possa ser Tua vontade que sejamos como a cabeça e não como a cauda".





Ingredientes que devem ser evitados

Não se come nada temperado com vinagre em Rosh Hashaná ou raiz forte para não ter um ano amargo. Nozes também não devem ser ingeridas nestes dias. Um dos motivos é porque as nozes provocam pigarro que pode atrapalhar as orações do dia; outro motivo é que o valor numérico da palavra egoz (noz) corresponde ao da palavra chet (pecado) sem o alef.

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